Tuesday, December 19, 2006

Todos os dias

...ela pensava o que fazer com estas mãos o toque e o som da fúria de encontro ao riso dos lábios vermelhos. respirava devagar ignorando as praias perdidas suspensas na crença de se ser leve o sonho aninhado de um ângulo de asas abertas e joelhos de encontro a outros joelhos, abraçados como as mãos quentes paisagem de mar entrelaçada em concha.

..ele não pensava o que fazer com estas mãos e este corpo incerto capaz de contrariar o desejo de enterrar a vontade de adormecer com outros joelhos de encontro aos seus. De responder "porquê".

conheceram-se e e ela perguntou: porquê.
reconheceram-se no toque do que já conheciam e ela percebeu. ele também. e passou a ter vontade de saber o que fazer com estas mãos.


Ainda hoje tem medo de lábios vermelhos.


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