Minky Momo

eu confesso...

se sou assim foi por excessiva - ainda que auto-inflingida - exposição na infância a desenhos animados como a Candy Candy, a Heidi, o Marco ou, no topo da lista, o que podem ver abaixo: a Gigi (Minky Momo).

Se a primeira era uma orfã desgraçada, a segunda uma desgraçada era que ganhava a vida a guardar cabras e ovelhas numa bucólica demonstração de trabalho infantil e o terceiro tinha por única ocupação, episódio atrás de episódio, andar atrás de uma desaparecida mãe que acabava sempre de dobrar a esquina ou entrar no autocarro mal ele chegava, não podia ser de outra maneira.

Mas o coup de grace, a principal responsável, é a Minky Momo. Porque eu adorava a série. Porque não pude ver o último episódio. Porque caímos no erro de o deixar a gravar - nos tempos imemoriais do VHS. Porque chegámos a casa e carregámos no play. E eis senão quando a minha personagem preferida morre atropelada por um autocarro.

E ainda se preocupam com "os efeitos psico-sociológicos do excesso de violência na televisão"? Nem sequer faço comentários.