Mediocridade
não sonhas. sentes o gesto no aconchego do braço, prolongamento uniforme da conformidade confortável de existir sem estar sozinho.
a palavra perde assim o sentido, a cada despertar de ombros e olhares inquietos - tão poucos- com que te cruzas nalgumas manhãs. E no caminho para o trabalho e para casa e casa para o trabalho, o roçar da mediocridade, a adormecer-te continuamente por dentro.
O torpor quotidiano dos carros, das conversas incapazes de prolongar o limite de ti mesmo. A miopia cómoda, a desfocar a linha ténue onde começa o teu futuro. O cansaço derrotado. Não sonhas. e em teu redor a tua imagem e a dos outros cada vez mais desfocada, incapazes de sonhar sozinhos.
Assim, tão humanos, sem nos sabermos tocar.
a palavra perde assim o sentido, a cada despertar de ombros e olhares inquietos - tão poucos- com que te cruzas nalgumas manhãs. E no caminho para o trabalho e para casa e casa para o trabalho, o roçar da mediocridade, a adormecer-te continuamente por dentro.
O torpor quotidiano dos carros, das conversas incapazes de prolongar o limite de ti mesmo. A miopia cómoda, a desfocar a linha ténue onde começa o teu futuro. O cansaço derrotado. Não sonhas. e em teu redor a tua imagem e a dos outros cada vez mais desfocada, incapazes de sonhar sozinhos.
Assim, tão humanos, sem nos sabermos tocar.
1 Comments:
sabes que me repito muito mas...
"
POESÍA VERTICAL 14
He encontrado el lugar justo donde se ponen las manos,
a la vez mayor y menor que ellas mismas.
He encontrado el lugar
donde las manos son todo lo que son
y también algo más.
Pero allí no he encontrado
algo que estaba seguro de encontrar:
otras manos esperando las mías.
"
Roberto Juarroz
wings,arms, wide wide open... (:
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