Do Ano Novo 1
>> Disco Pedido: "New Year's Resolution"
Por estas e por outras, aqui fica o meu contributo para os adeptos das resoluções de ano novo. Sabem bem que, mais tarde ou mais cedo, qualquer um de vocês vai precisar de os usar.
Acabou. Do Natal já só ficam os restos. Do Ano Velho também. Ignoram-se os dias que faltam e começam a projectar-se as resoluções mais improváveis em jeito de promessa, estado febril explicado pela inexplicável fé humana. Mas já diz o Vergílio Ferreira, vivemos sob o signo da mudança e da morte, e nestes tempos o morto agarra-se nem que seja às dobras do lençol.
Como quase toda a gente se agarra às primeiras folhas do calendário, branquinhas, por preencher, e as preenche de delírios imaginários ao som de uma banda sonora mental que se nos repete de cada vez que tentamos mudar: "hoje é o primeiro dia do resto da minha vida".
Acontece que, primeiro dia ou não, regra geral quase tudo muda, menos as promessas de Ano Novo, e a capacidade inata de as cumprir. Haja tecnologia ou não a ajudar.
O mundo pode ter mudado enormemente desde que os Babilonos resolveram instituír o Ano Novo como data de entrega dos equipamentos agrícolas emprestados. Mas uma coisa continua igual: a teimosa persistência em traçar horizontes, linhas de objectivos, mal um Ano Novo se estreia, que raramente pretendemos, logo à partida, cumprir. Se pensarmos bem, não deixa de ser uma atitude com o o seu quê de Sebastianista. Pois é, parece que nem isso será exclusivo da Portugalidade...
Nunca tomo decisões relativas ao Ano Novo. Mas gosto de me rir com as dos outros. ultrapassa-me a capacidade de apreender a ideia de que, por passarem 24h, entre o dia 31 de Dezembro e o dia 1 de Janeiro, a vida e as coisas vão mudar. Até porque os dias mudam todos os dias. E se o Natal pode ser quando o Homem quiser, eu venho aqui reclamar o direito de o Ano Novo ser quando a Mulher o desejar! Por estes dias não ando para determinismos históricos com laivos machistas, é o que vos digo.
Como quase toda a gente se agarra às primeiras folhas do calendário, branquinhas, por preencher, e as preenche de delírios imaginários ao som de uma banda sonora mental que se nos repete de cada vez que tentamos mudar: "hoje é o primeiro dia do resto da minha vida".
Acontece que, primeiro dia ou não, regra geral quase tudo muda, menos as promessas de Ano Novo, e a capacidade inata de as cumprir. Haja tecnologia ou não a ajudar.
O mundo pode ter mudado enormemente desde que os Babilonos resolveram instituír o Ano Novo como data de entrega dos equipamentos agrícolas emprestados. Mas uma coisa continua igual: a teimosa persistência em traçar horizontes, linhas de objectivos, mal um Ano Novo se estreia, que raramente pretendemos, logo à partida, cumprir. Se pensarmos bem, não deixa de ser uma atitude com o o seu quê de Sebastianista. Pois é, parece que nem isso será exclusivo da Portugalidade...
Nunca tomo decisões relativas ao Ano Novo. Mas gosto de me rir com as dos outros. ultrapassa-me a capacidade de apreender a ideia de que, por passarem 24h, entre o dia 31 de Dezembro e o dia 1 de Janeiro, a vida e as coisas vão mudar. Até porque os dias mudam todos os dias. E se o Natal pode ser quando o Homem quiser, eu venho aqui reclamar o direito de o Ano Novo ser quando a Mulher o desejar! Por estes dias não ando para determinismos históricos com laivos machistas, é o que vos digo.
Por estas e por outras, aqui fica o meu contributo para os adeptos das resoluções de ano novo. Sabem bem que, mais tarde ou mais cedo, qualquer um de vocês vai precisar de os usar.
2 Comments:
:)
Bom ano!
Deixa-me adivinhar... não alinhas no dia 14.Fev?
alinhar alinho.
numa celebração entre amigos e pares de namorados pouco enjoados que em comum partilham a náusea sartriana relativamente a essa data sentimentalmente pornográfica!
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